sábado, 21 de maio de 2011

As quatro cartas

No espetáculo Véu Carmim, o público será envolvido nas linhas do destino junto com a personagem. E para escolher quais caminhos a vida/encenação deverá seguir, colocaremos nas mãos do público o baralho. Quatro cartas, para ser mais exata, onde cada carta indica um caminho diferente e uma nova reação da personagem. Inspirado no baralho árabe (mamlûk), criamos o nosso próprio baralho especialmente para o jogo deste espetáculo,relacionando os naipes originais com elementos da dança do ventre.


Lá, o naipe de Ouros é o Darâhim, que é o plural de Dirahm, o nome de uma típica moeda árabe de antiga origem grega – o dracma. No nosso baralho, representaremos as moedas penduradas nos xales de tecido das dançarinas. Nosso ouro será o véu.





Suyûf ("cimitarras, espadas, sabres"), cujo símbolo é a forma de um S negro que, olhado com mais atenção, revela em uma das extremidades a presença de um longo cabo com empunhadura, e ornamentos em relevo ao longo da haste, referindo-se certamente a sabres embainhados. Corresponde ao naipe de Espadas dos baralhos europeus. Para nós, representará o punhal.







O naipe de Paus é representado por eles por Jawkân, que significa tacos de pólo, cuja forma é longa e reta, com a extremidade em forma de L. Nós vamos associar a força dos tacos à intensidade do derbake, instrumento de percussão característico da região.





E, por último, o naipe de Copas, que para eles é o Tûmân, que significa "grande quantidade" e tem como símbolo cálices ou copas. Para nós representará as taças ou velas.




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